A década de 1960 foi a mais importante em termos de cinema e música. Graças a ambas as duas, podemos ver pelo menos o reflexo de uma sociedade em mudança e como eram as músicas dos anos 60. Nesse sentido, também vale a pena notar a progressão. Desde o início da década, depois dos populares e badalados anos 50, até o último ano, quando o Woodstock aconteceu e os hippies eram tudo.
Neste caso, partimos do princípio: o ano de 1960 foi no cinema o ano de The Apartment, de Le Trou, Psycho ou Spartacus. É o ano de La dolce vita, de Ozu e Naruse. O ano de 1960 é o ano de À bout de souffle e de Ingmar Bergman e Jungfrukällan (The Virgin Spring). Mas como era a música dos anos 60 internacional e nacional?
Assim como fizemos com a música dos anos 50, nesta década daremos prioridade a diversas variedades de artistas e grupos musicais dos anos 60. Portanto, também pelo número de músicas escolhidas, há uma limitação na hora de oferecer você as músicas. Aqui, por exemplo, você só vai encontrar 10 das melhores músicas dos anos 60, mas deixamos a seguir uma playlist de Spotify que inclui 750 faixas em inglês, espanhol, português, francês ou italiano.
As melhores músicas dos anos 60: Sucessos internacionais e nacionais
Embora na realidade o correto seja dizer música anglo-saxônica dos anos 60 e línguas de origem românicas, não seremos nós que ficaremos exigentes com essas definição. Naturalmente, isso significa que, como você verá, esta lista de músicas tem 500 músicas dos anos 60 em inglês, mas inclui ainda mais música dos anos 60 em português e espanhol (neste caso incluindo 250 faixas). Isto acontece porque o blog é espanhol, mas o importante vai além da letra e também inclui muitas outras línguas de sucesso neste período, como francês ou italiano. Além disso, até lá você também lerá como nos corrigimos tanto quanto agora pedindo perdão. Porque, efetivamente, nem todos serão em espanhol (embora a grande maioria seja), nem português: serão em línguas românicas.
O tempo passa sem parar, mas neste caso aconteceu vertiginosamente. A mudança de década (dos anos 50 para os anos 60) foi muito especial para todos os amantes da música. A chegada de um novo sentimento rock, evolução daquele nascido anos antes (como no blues), já estava à porta; mas, mesmo assim, é muito marcante para nós, visto hoje. Era como ir de 10 km/h para 200 em um segundo. Seria por causa do uso massivo de drogas, por causa da sensação hippie de liberdade e por causa do próprio mundo em que todos viviam, por Vietnam. Quem sabe por quê, mas aí estava: a revolução musical no mundo.
Para conhecer todas as músicas, visite o primeiro a playlist da década, e siga aquí para ler das músicas dos anos 60 mais notáveis que temos disponíveis em cada uma das nossas listas. Embora se você preferir navegar em outros anos, em nosso menu deixamos o link independente para cada um.
Ray Charles – Hit The Road, Jack (1960)
Mais um daqueles artistas inimitáveis, capazes de tudo, como se tornar uma lenda musical. Essa música é uma das mais famosas do grande Ray Charles, o gênio cantor e compositor. Não precisa de introdução, pois é uma das músicas Rhythm & Blues mais famosas dos anos 60.
Chubby Checker – Let’s Twist Again (1961)
A lembrança que eu tenho desta música vem do ano 1989, quando Jive Bunny And The Mastermixers fez Swing The Moodmas, onde se ouve Let’s Twist Again em uma versão remixada que apitou por meses e meses nas rádios. Talvez seja por isso que esta versão original seja menos insuportável para quem sofre com isso na variante para discotecas em casamentos. Alguns anos mais tarde chegaria o Mambo nº 5 e muitas percepções deste estilo desapareceram.
O twist não entrou na história como um gênero ou como uma dança. Uma pena, porque muitas hérnias de disco agora seriam inoperáveis, com certeza. No entanto, Chubby Checker foi capaz de aproveitar esse momento para triunfar e se tornar uma espécie de imortal.
Ben E. King – Stand By Me (1962)
Stand By Me, o filme protagonizado por uns jovens Wil Wheaton, River Phoenix, Corey Feldman, Jerry O’Connell ou Kiefer Sutherland, revitalizou o sucesso de uma daquelas canções imortais de Ben E. King (que até levou à realização de um novo videoclipe, se bem me lembro). Estamos falando do ano de 1986, há muito tempo, na verdade, mas tempo faz da data original, claro.
Jorge Ben – Rosa, Menina Rosa (1963)
E aqui está um exemplo de música dos anos 60 em português, vinda do Brasil. De que gênero musical estamos falando então? É óbvio. Talvez você esteja com vontade de dançar e não de ler, então deixamos um tempo para você ouvir Rosa, Menina Rosa, de Jorge Ben Jor, um single que forma parte do álbum Samba Esquema Novo. A Bossa Nova sempre em nossos corações.
Na Espanha em espanhol, na França em francês. Talvez tambèm existe unma versao de Que C’Est Triste Venise em português mas eu nao conheço? A sua obra foi traduzida e entoada (por ele próprio) em dezenas de línguas, e até o fim de sua vida nos seus concertos costumava alternava entre a sua lingua e a local onde se encontrava, apesar de não se lembrar exactamente qual língua, dada a sua idade avançada (a que não impedi-lo de continuar nos palcos e até de lançar novos discos). Representando até o fim, como ator e como cantor, um artista que, para muitos, já não existe mais.
The Animals – Don’t Let Me Be Misunderstood (1965)
Como pode haver tanta música boa em uma única década? É espetacular. Continuamos tocando e cada nova música parece melhor que a anterior. Se você fizesse um álbum apenas com o que se ouve nos primeiros 5 anos, você receberia um álbum que você nunca se cansaria de ouvir.
Referimo-nos agora a The Animals desta vez, especificamente à sua versão da música da Nina Simone publicada um ano antes. Porque apesar de ser uma versão, você pode ouvir as duas músicas juntas uma após a outra e ter sentimentos completamente diferentes. E mesmo sabendo e associando que são a mesma música, entre elas existem as diferenças típicas de personalidades fortes.
Os Animals foram um dos grupos de R&B ingleses de referência durante os anos 60, e a sua influência não se deve apenas a este tema, Te House Of The Rising Sun também não é desleixado.
Los Bravos – Black Is Black (1966)
Quem não conhece este som mais que conhecido de Los Bravos? Black Is Black foi a primeira música espanhola rock a ultrapassar as fronteiras da Península Ibérica.
Alcançou o número dois nas paradas musicais do Reino Unido, número quatro na Billboard Hot 100 e número um no próprio Canadian Singles Chart.
Além disso, Black Is Black teve inúmeras versões, entre as quais se destacam as de Johnny Hallyday, La Belle Epoque, Rick Springfield ou La Unión.
Leonard Cohen – Suzanne (1967)
Aqui está o cantor e compositor canadense mais reconhecido na música. A sua forma de vestir, a sua forma de interpretar, juntamente com a sua voz, humor e letra, tornaram-no único. Recomendamos que você ouça Suzanne e, se você gosta dela e não a conhece, entre no álbum completo (chamado Songs Of Leonard Cohen) e acompanhe-a ao longo de sua carreira.
Louis Armstrong – What A Wonderful World (1968)
O lançamento de What A Wonderful World marcou o retorno e ao mesmo tempo a despedida de Louis Armstrong. Falamos muito dele quando falamos da música dos anos 40, com grandes clássicos que ficaram para a posteridade, mas com certeza este último é o mais lembrado de sua discografia junto com Hello, Dolly! e suas colaborações com Ella Fitzgerald.
Não sei se você já teve a oportunidade de vê-lo em movimento além de suas atuações. Há um vídeo na internet de um antigo programa de televisão americano em que pessoas anônimas tinham que adivinhar quem era a pessoa fazendo perguntas ao apresentador. Bem, é muito agradável ver o Louis Armstrong em What’s My Line?
The Beatles – Come Together (1969)
Come Together é uma música dos Beatles, escrita principalmente por John Lennon e creditada a Lennon e McCartney. A música é a faixa de abertura do álbum Abbey Road (1969) e também foi lançada como single com Something. A música alcançou o número 1 nos EUA e o número 4 no Reino Unido.
Come Together começou como a tentativa de Lennon de escrever uma música para Timothy Leary ao fazer campanha contra Ronald Reagan para se tornar governador da Califórnia, que rapidamente terminou quando Leary foi preso por porte de maconha. O que é um pouco estranho nessa música é que George Harrison escreveu 2 linhas da letra, mas não recebeu crédito por isso.
(Madri, 1987) Escritor por vocação, especialista em SEO por profissão. Amante da música, cinéfilo e amante da leitura, mas em modo “amateur”.