O que você lembra do ano 2000? De quais músicas do ano 2000 você se lembra com mais carinho? Quais foram as músicas pelas quais você ficou obcecado porque não paravam de tocar?
O que aconteceu com esses grupos famosos e quanto furor eles causaram por alguns meses ou até décadas? Certamente todos nós fomos marcados pelo famoso “Bug do milênio” que foi anunciado alguns meses antes de começar. Aquele medo que se espalhou pelo globo com a virada do milênio. A simples ideia de que essa mudança poderia ter consequências catastróficas nos deixou a todos a rir, mas também com medo ou com vergonha. Embora depois do que temos passado desde 2020, qualquer futuro apocalíptico que se abateu sobre nós não seria muito surpreendente.
Era o ano do início dos X-Men, dos primeiros passos de Jared Leto no cinema com Requiem for a Dream, do imperador e suas loucuras, do primeiro Big Brother da nossa história… Alguns de nós na escola trocamos cartas dos Simpsons depois de arruinar nossos pais comprando envelopes que só traziam “repes” e no recreio jogávamos corda, elástico, crachás ou canecas. E para os mais curiosos, o ano 2000 também coincidiu com o ano do dragão chinês.
Passado o dia 1 de Janeiro e depois de constatar que a catástrofe não tinha acontecido (embora as desgraças no mundo continuassem a acontecer), pode-se dizer que o ano 2000 foi um ano como qualquer outro. Vamos ver.
Músicas do ano 2000 internacionais
Quais foram as músicas internacionais mais ouvidas do ano 2000? Selecionamos algumas das 100 que incluímos na playlist, mas certamente você se lembra da aparição de Anastasia em nossas vidas, com seus óculos de sol e seu I’m Outta Love, o primeiro de muitos sucessos que viriam depois.
Foi também o ano em que conhecemos o Coldplay, que entrou com força com Yellow ou Don’t Panic e que, como não poderia deixar de ser, ainda hoje é um dos grupos mais populares. Craig David também deu o salto para o sucesso com Walking Away.
Eminem e Dido nos deixaram com os arrepios com Stan. Kylie Minogue continuou a dar tudo de si como sempre em Spinning Around e Madonna não ficou muito atrás na música. E o eterno embate entre os fandoms das bandas de Nu Metal como Limp Bizkit e o Linkin Park também não parou. Foi o ano de My Generation do primeiro e de Crawling do segundo, grandes canções que marcaram a todos nós e isso não importa o anos que passam, é impossível esquecê-los (Chester, nós te lembramos).
E depois havia os conhecidos one hit wonders, aquelas músicas que na época eram enormes e tão fugazes quanto chegavam, partiam, como foi o caso de Who Let The Dogs Out? de Baha Men ou Dancing In The Moonlight de Toploader.
De qualquer forma, tendo feito este resumo, certamente essas músicas que propomos a seguir soam familiares para você, pelo menos.
Want You Bad, de The Offspring
Os rockers alternativos, skate punk ou o que você quiser chamá-los de The Offspring, nos fazem mover nossos esqueletos desde os anos 90. A voz inconfundível de Dexter junto com as guitarras e bateria fizeram de cada música da banda um puro espetáculo de energia e loucura momentânea.
Want You Bad faz parte do sexto álbum do grupo, uma canção de amor (no estilo deles) de bad boys procurando por bad girls mas sim, com sentimentos. Que a letra e o vídeo sejam bem infantis sim, mas que a música transmita boas energias também.
The Bad Touch, de Bloodhound Gang
Se o grupo Bloodhound Gang se destacou por alguma coisa, foi por suas canções humorísticas e satíricas. Alguns de vocês se lembrarão deles pela música que fez parte da trilha sonora de Scary Movie, outros pela música que dedicaram a uma atriz pornô que animou sua adolescência… Alguns sempre têm 15 anos, o que podemos fazer?
Nós lembramos sobretudo The Bad Touch que, se não prestarmos atenção na letra, muito menos no videoclipe com aquele cheirinho heterobásico que era tão engraçado na época, enfim, é uma ótima música. Felizmente os tempos mudaram, embora precisem mudar muito mais.
In The End, de Linkin Park
Se o Linkin Park é um grupo como nenhum outro, inimitável e eterno, diga-se, ponto final. E se a voz de Chester Bennington foi capaz de atingir todas as células do nosso corpo e revolucionar os nossos sentimentos, bom, também se diz. O que não é o mesmo sem ele, mas Mike Shinoda e o resto ainda estão fazendo um trabalho do qual Chester se orgulharia.
Hybrid Theory foi o álbum de estreia com o qual os conhecemos e a música In The End fala de desgosto e desesperança, da sensação de que todo o esforço que colocamos numa relação ou qualquer outro projeto vital foi para absolutamente nada. É difícil não se identificar com a música.
It’s My Life, de Bon Jovi
Jon Bon Jovi e sua banda começaram a fazer música em meados dos anos 80 como máquinas, um daqueles grupos dos quais é impossível não conhecer uma música. Já comentamos algo sobre eles em nosso post sobre roqueiros dos anos 80 e entre seu amplo repertório de grandes canções estão You Give Love A Bad Name, Always ou a escolhida na ocasião, It’s My Life, que poderia ser descrita como o hino de uma geração.
E com razão, porque o It’s My Life está cheio de energia, é um Carpe Diem total, vamos viver o momento da melhor forma possível, porque o tempo de se preocupar vai chegar e fazer isso antes do tempo não vale nada.
Moi… Lolita, de Alizée
Alizée tinha apenas 15 anos quando ganhou um concurso de talentos em seu país natal. E como costuma acontecer, ela estava no lugar certo na hora certa e sua ascensão à fama foi imediata. Moi…Lolita foi o primeiro single de seu álbum de estréia, vendas loucas na França e no resto do mundo. Alcançou o top 10 no Reino Unido, algo que poucas canções em francês conseguiram.
A música tem uma letra aparentemente simples, mas cheia de referências a personagens literários, escritores e metáforas. Além da óbvia, referente ao personagem de Nabokov, que outras referências você encontra? Nós melhoramos ao longo dos anos?
(Madri, 1988). Azahara P. Navas é formada em Engenharia Química pela Universidade Complutense de Madrid e atualmente trabalha como tradutora de idiomas com conhecimentos de inglês, francês, alemão e grego.